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Como vai sua auto-estima?

Atualizado: 11 de mar.

Ninguém faz você se sentir inferior sem a sua permissão. A frase é de Eleanor Roosevelt, ativista dos direitos da mulher. [1]


Como assim?! você pensa. Imagina se eu ia dar permissão para ser tratada desse jeito! Sim, claro. A permissão de que falamos aqui é sutil. Às vezes basta ficar quieta. Aceitar um gesto ríspido, uma palavra grosseira, uma cara feia. Achar que ele vai mudar. Ou que este é o jeito dela, ou ele é assim mesmo, eu não ligo.


Às vezes é só uma brincadeira. Uma piada, um comentário. Um apelido “carinhoso” – Lá vem a Dona Encrenca! Qualquer comentário que possa diminuir, humilhar ou expor um ponto fraco. Larga esse computador que você não dá pra isso. Que depressão? Isso é falta do que fazer. Tá gorda, né, minha velha?


No início as agressões são verbais, quase um conselho- Este vestido curto não te valoriza. A sua amiga não presta, não quero ver você de conversa com ela. Depois surgem os gritos, empurrões e agressões físicas.


O que complica mais a história é que o gaslighter - o abusador - não é só “mau”. Ele sabe ser encantador – quando quer. Quando sente que vai perder o controle sobre a vítima, ele se transforma e passa a ser gentil, solícito, romântico até. Isso pode durar minutos ou alguns dias. E é justamente por causa destes momentos que você mantém a relação, acreditando que agora tudo vai ficar bem, “agora ele mudou”. Com isso ele se sente autorizado e com permissão para continuar com as agressões. Que podem se tornar mais e mais violentas.


Se você está em um relacionamento tóxico, não espere que tudo se resolva com o tempo. Procure ajuda profissional – um psicólogo, um assistente social, um advogado.

Um estudo bem completo sobre este assunto é o livro O Fenômeno Gaslighting, de Stephanie M. Sarkis, editado recentemente (2019) pela ed. Cultrix.


[1] No one can make you feel inferior without your consent , no original.

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